terça-feira, 31 de maio de 2011

Restauração em 1640

A grande preparação para a revolta

A ideia de recuperar a independência era cada vez maior e a ela começaram a aderir todos os grupos sociais.
Os Burgueses estavam muito desiludidos e empobrecidos com os ataques aos territórios portugueses e aos navios que transportavam os produtos que vinham dessas regiões. A concorrência dos Holandeses, Ingleses e Franceses diminuía-lhes o negócio e os lucros.
Os nobres descontentes viam os seus cargos ocupados pelos Espanhóis, tinham perdido privilégios, eram obrigados a fazer parte do exército espanhol e a suportar todas as despesas. Também eles empobreciam e era quase sempre desvalorizada a sua qualidade ou capacidade.
Portugal, na prática, era como se fosse uma província espanhola, governada de longe. Os que ali viviam eram obrigados a pagar impostos que ajudavam a custear as despesas do Império Espanhol que também já estava em declínio.
Foi então que um grupo de nobres se começou a reunir, secretamente, procurando analisar a melhor forma de organizar uma revolta contra Filipe IV de Espanha. Uma revolta que pudesse ter êxito.
Em 7 de Junho de 1640 surgia também a revolta na Catalunha contra o centralismo do Conde-Duque de Olivares. O próprio Filipe IV manda apresentar-se em Madrid o duque de Bragança, para o acompanhar à Catalunha e cooperar no movimento de repressão a que ia proceder. O duque de Bragança recusou-se a obedecer a Filipe IV. Muitos nobres portugueses receberam semelhante convocatória, recusando-se também a obedecer a Madrid.

Sob o poder de Filipe III, o desrespeito pelo juramento de Tomar (1581) tinha-se tornado insuportável: nomeados nobres espanhóis para lugares de chefia militar em Portugal; feito o arrolamento militar para guerra da Catalunha; lançados novos impostos sem a autorização das Cortes. Isto enquanto a população empobrecia; os burgueses estavam afectados nos seus interesses comerciais; e o Império Português era ameaçado por ingleses e holandeses perante a impotência ou desinteresse da coroa filipina.

Portugal achava-se envolvido nas controvérsias europeias que a coroa filipina estava a atravessar, com muitos riscos para a manutenção dos territórios coloniais, com grandes perdas para os ingleses e, principalmente, para os holandeses.

Em 12 de Outubro de 1640, em casa de D. Antão de Almada, hoje Palácio da Independência, reuniram-se D. Miguel de Almeida, Francisco de Melo e seu irmão Jorge de Melo, Pedro de Mendonça Furtado, António de Saldanha e João Pinto Ribeiro. Decidiu-se então ir chamar o Duque de Bragança a Vila Viçosa para que este assumisse o seu dever de defesa da autonomia portuguesa, assumindo o Ceptro e a Coroa de Portugal.

No dia 1 de Dezembro do mesmo ano de 1640, eclodiu por fim em Lisboa a revolta, imediatamente apoiada por muitas comunidades urbanas e concelhos rurais de todo o país, levando à instauração no trono de Portugal da Casa de Bragança, dando o poder reinante a D. João IV.

Batalha de Alcácer Quibir

Segundo:
José Mattoso

A politica externa patenteia se como um dos campos em que se chocavam as facções. Não sendo hostil ao sobrinho de Castela, inclina-se para uma relação política com ajuste e pesagem de vantagens que não o seguidismo da cunhada.

Acabado o período de regência, os ministros próximos do rei vão ser nomeados por indicação de D. Henrique, solto de obrigações do governo no dia-a-dia, D.Sebastião  entrega-se por inteiro à preparação física pessoal para a guerra, nem D. Catarina, nem D. Henrique, nem os câmaras apoiaram os propósitos guerreiros de D. Sebastião quem em torno de si conta com um grupo de jovens companheiros  tão empenhados e iludidos  como ele próprio em especial. Cristóvão de Távora, D. Álvaro de Castro, Manuel Quaresma Barreto, gente nova para uma política bélica.
A partir de 1572 a politica régia encaminhava se para a guerra em Marrocos depois de uma lona jornada pelo Alentejo e pelo Algarve, para evitar qualquer oposição D.Sebastião trata de afastar Matim Gonçalves da câmara e nomeia novos vedores da fazenda e faz regressar a velha raposa Pedro de Alcobaça.
Antes de partir para África, D. Sebastião encontra- se por duas vezes com Filipe II, para assim pedir apoio militar na expedição a Marrocos e tratar do casamente com filha do rei espanhol Filipe II promete apoio, mas adia-lo-á até aos últimos momentos, quando sente que nada deterá a partida de D. Sebastião, el-rei queria cometer actos militares, o seu apetite era de “caminhar pela terra com muito risco da sua pessoa e da sua empresa”, para tal vai escolher o desembarque em Arzila e deslocação por terra até Lareche, conquistando Alcácer Quibir pelo caminho.


 
José Hermando Saraiva

D. Francisco de Portugal falecido em 1549 e primeiro conde, era legítimo de D Afonso de Portugal foi vedor da fazenda e do Concelho, tanto no reinado de D. Manuel I como de D. João III, como militar distinguiu-se na defesa de Arzila em 1509, e 4 anos depois integrou-se na expedição de D. Jaime duque de Bragança, que conquistou Azamor, recebendo desde então o título por carta de D. Miguel, sendo-lhe confirmado por carta também de D. Catarina.

Combateu tal como o pai em Alcácer Quibir e foi um dos fidalgos afirmar que o rei falecera durante a batalha e ficou prisioneiro, mas conseguiu o resgate mediante o pagamento de 20 mil cruzados, ao que, tudo indica entregues por mercadores judeus, sabedores de bens de sua casa. No entanto, foi com dinheiro seu, que muitos fidalgos conseguiram os respectivos resgates.





    A 20 de Fevereiro de 1868, com 14 anos, D. Sebastião tomava conta do governo, el-rei teve ensinamentos de humanidades, matemática e também jesuíta, viajou bastante, mas sempre para os mesmos sítios, constatou-se então que D. Sebastião mesmo viajando muito, poucas cidades e vilas conheceu, nunca viajou para administrar justiça, ou marcar cotes mas sim para marcar acção régia em favor dele próprio.

     Como “homem” D. Sebastião revelou uma frieza que advém da saúde precária que todos diziam que el-rei sofria, servindo assim de motivo para não se casar, embora tivesse um porte escorreito, caia várias vezes enfermo.

      Durante todo o seu reinado el-rei sonhava em construir uma “empresa”  no Norte de África, como a que mantínhamos na Índia, os castelos de Portugal detinha em África estavam a receber constantes ataques por parte dos mouros, assim, D. Sebastião decidiu preparar  uma armada e partir para África.

Apesar da sua doença e de quase ter forçado todos aqueles que o acompanharam em 24 de Junho 900 velas com 24000 homens partiram em direcção a Alcácer Quibir, esquecendo-se el-rei que não tinha deixado sucessor ao trono e se algo corresse mal Portugal perderia a independência, e as únicas coisas que levou consigo foram, a espada de D. Afonso Henriques vinda de Coimbra e um compromisso com a filha de Filipe II.

  As coisas não correram como o previsto, quer o rei português, quer os réis mouros morreram e a 4 de Agosto, Portugal foi completamente derrotado, a notícia chegou a Lisboa passado uma semana, enchendo o reino de tragédia, sem sucessor Portugal perdeu independência porque sempre lutou.









sexta-feira, 27 de maio de 2011

Batalha de Aljubarrota

Segundo:
Damião Peres,  História de Portugal edição monumental da Portucalense, editora L.da Barcelos (Volume 2: Primeira Época (1128-1411))
Em 1383, D. Fernando morreu sem um filho varão, que herdasse a coroa. A sua única filha, era a infanta D. Beatriz, casada com o rei D. João de Castela. A D. Leonor Teles teve ordem de sucessão. O conde Andeiro foi morto e o povo pediu ao mestre de Avis, D. João, filho natural de D. Pedro I de Portugal, que ficasse por defensor do Reino.
O período que se seguiu ficou conhecido como crise de 1383-1385. Finalmente a 6 de Abril de 1385, D. João, mestre da Ordem de Avis, é aclamado rei pelas cortes reunidas em Coimbra, mas o rei de Castela não desistiu do direito à coroa de Portugal.
Perante a revolta da população portuguesa em vários pontos e cidades do Reino de Portugal, o Rei de Castela, decide em 1384 entrar em Portugal. Entre Fevereiro e Outubro dese sano monta um cerco a Lisboa, por terra e por mar.
Uma frota portuguesa vinda do Porto enfrenta, a 18 de Julho de 1384, à entrada de Lisboa, a frota castelhana, na batalha do Tejo. Os portugueses perdem três naus e sofrem vários prisioneiros e mortos, no entanto, a frota portuguesa consegue romper a frota castelhana, que era muito superior, e descarregar no porto de Lisboa os alimentos que trazia. Esta ajuda alimentar veio-se a revelar muito importante para a população que defendia Lisboa.
O cerco de Lisboa pelas tropas castelhanas acaba por não resultar, devido a determinação das forças portuguesas em resistir ao cerco, ao facto de Lisboa estar bem murada e defendida, a ajuda dos alimentos trazidos do Porto e devido a epidemia de peste negra que assolou as forças castelhanas acampadas no exterior das muralhas.
Em Junho de 1385, D. Joao I decide invadir novamente Portugal, desta vez à frente da totalidade do seu exército. A decisão tomada foi a de enfrentar os castelhanos antes que pudessem levantar novo cerco a Lisboa. D. Nuno Álvares Pereira teve tempo para escolher o terreno para a batalha, uma pequena colina de topo plano rodeada por ribeiros, perto de Aljubarrota.
Desorganizados, sem espaço de manobra e finalmente esmagados entre os flancos portugueses e a retaguarda avançada, os castelhanos pouco puderam fazer senão morrer. Ao pôr-do-sol a batalha estava já perdida para Castela. Precipitadamente, D. João de Castela ordenou uma retirada geral sem organizar uma cobertura. Os castelhanos debandaram então desordenadamente do campo de batalha. A cavalaria Portuguesa lançou-se então em perseguição dos fugitivos, dizimando-os sem piedade.
Na manhã de 15 de Agosto, a catástrofe sofrida pelos castelhanos ficou bem à vista: os cadáveres eram tantos que chegaram para barrar o curso dos ribeiros que flanqueavam a colina.
Com esta vitória, D. João I tornou-se no rei incontestado de Portugal, o primeiro da dinastia de Avis. Para celebrar a vitória e agradecer o auxílio divino que acreditava ter recebido, D. João I mandou erigir o Mosteiro de Santa Maria da Vitória e fundar a vila da Batalha.



 José Mattoso,   “Mattoso – Historia de Portugal Volume I”

Após a terceira guerra com Castela, em 1382, D. Leonor Teles, o Conde João Fernandes Andeiro entenderam que uma união com Castela seria a melhor forma de os seus interesses e de terminar com o conflito entre os dois reinos, colocando-os sob a mesma família real. Desta forma, promoveram a assinatura do Tratado de Salvaterra de Magos, em 6 de Abril de 1383, no qual se previa o casamento de D. Beatriz, a única filha de D. Fernando e de D. Leonor Teles, com D. Juan I de Castela, que enviuvara no início desse ano. Segundo este Tratado, D. Leonor Teles, após a morte de D. Fernando, seria a regente da Coroa Portuguesa até que D. Beatriz tivesse um filho varão e este atingisse os 14 anos. A Coroa Portuguesa passaria então a pertencer aos descendentes do Rei de Castela, D. Juan I. Esta situação significava que o Reino de Castela iria inevitavelmente dominar Portugal. O casamento real teve lugar em Maio de 1383. Quando D. Fernando morre, em 22 de Outubro de 1383, a situação que se cria, decorrente do Tratado de Salvaterra de Magos, provoca mal-estar e não agrada a um largo sector da nobreza de Portugal. O Conde Andeiro era um mestre da política internacional e manobrava habilmente os interesses e as emoções de D. Fernando e D. Leonor. Após a morte de D. Fernando, tornou-se o principal valido e conselheiro de D. Leonor. Um largo sector da sociedade portuguesa entendia que o Infante D. João, meio-irmão de D. Fernando e filho de D. Pedro I e de D. Inês de Castro, teria direito ao trono. Um grupo minoritário defendia, no entanto, as pretensões ao trono de D. João, Mestre da Ordem militar de Avis e filho bastardo de D. Pedro I. Após alguma hesitação, o Mestre de Avis mata o Conde João Andeiro nos Paços da Rainha, em 6 de Dezembro de 1383. Conhecido este facto, rapidamente se alargou o número de apoiantes do Mestre de Avis, sobretudo nas maiores cidades do reino, como Lisboa. Com efeito, ao ter conhecimento desta notícia, o povo de Lisboa amotina-se e proclama D. João, Mestre de Avis, como "Regedor e Defensor do reino". No resto do país, muitos dos nobres e alcaides de castelos, em obediência ao contrato de Salvaterra de Magos, continuam, contudo, a respeitar a rainha D. Leonor Teles e a aceitar a sua autoridade. Gera-se assim uma grave crise política, cujo desfecho estava ainda longe de se poder descortinar.

  J. Veríssimo Serrão, "História de Portugal Volume I"
     O rei de Castela D. João I, fugiu para Santarém e foi embarcar em Lisboa, a caminho de Sevilha. Estava ganha a independência nacional e, Aljubarrota permanece, ao longo dos séculos, como um marco decisivo da história portuguesa. O rei e o seu condestável logo procuraram retomar as terras rebeldes e pacificar o país, porque depois da guerra tiveram de resolver os conflitos e melhorar as condições. Depois da Batalha houve tréguas, durante três anos, assinada em 29 de Novembro de 1387, na Vila de Monção, onde ambas as partes restituíram as terras fronteiriças. Entretanto o monarca inimigo morreu, e logo tiveram de estabelecer um novo acordo que foi feito em 1393, mas esse tratado só veio a ser estabelecido em 31 de Outubro de 1411, o que mostra que Castela não resignou facilmente a perda dos seus direitos. A independência foi salva e, era o que bastava para o destino português se manter.

A.H. Oliveira Marques, "História de Portugal volume I"

  Os conflitos sociais já tinham começado quando D. Fernando casara com D. Leonor Teles em 1372 e prosseguiram durante todo o reinado. A situação piorou em 1383 quando o rei morreu. Como não havia herdeiro masculino, a sucessão de D. Fernando passou para a sua única filha legítima D. Beatriz, que ele casara com D. João I, rei de Castela. As cláusulas do matrimónio confiavam a regência e o governo do reino à rainha Leonor Teles, até que filho ou filha de Beatriz nascer. Quaisquer que fossem as circunstâncias, os dois reinos deveriam viver separados.
  As manobras políticas e as ambições pessoais impediram que houvesse solução pacífica. D. João I de Castela decide invadir Portugal e tomar conta do poder. A este passo violento moveu-o, a crescente oposição ao governo de Leonor Teles e do seu amante João Fernandes Andeiro. Estes apoiados pele maioria da nobreza tinham contra a si as fileiras médias e inferiores da burguesia, sob o comando do Mestre de Avis, D. João, filho ilegítimo do rei D. Pedro.
  O ódio contra Castela e os castelhanos obrigou o Mestre de Avis a encabeçar uma revolta contra os dois grupos: Leonor Teles – Andeiro e D. João I – Beatriz. Ele ajudou a matar o Andeiro, obrigou a rainha D. Leonor Teles a fugir e a unir forças com D. João I de Castela, e proclamou-se a si mesmo “ regedor e defensor do reino”.
  Numa primeira fase de Janeiro – Outubro de 1384, D. João I invadiu Portugal. Já numa segunda fase de Maio – Outubro de 1385, D. João I volta a invadir Portugal para sofrer completa derrota em Aljubarrota.
No entretanto, o Mestre de Avis fizera-se proclamar rei com o título de D. João I (1385), em cortes convocadas para Coimbra.



Fundação de Portugal

Segundo:

José Mattoso, "História de Portugal"   
A partir do século XI intensificaram-se as relações dos reinos peninsulares cristãos com os países situados além-pirinéus. A influência francesa acentua-se após a derrota de D. Afonso VI face aos Almoradivas, em Zalaca com a vinda de inúmeros cavaleiros e prelados daquela nação, particularmente ligados á abadia de Cluny.
Um desses personagens é Raimundo da Borgonha, a quem o rei leonês concede a mão da sua filha e o governo da faixa ocidental da Península. Raimundo não corresponde as expectativas do ponto de vista militar e os territórios sob sua jurisdição são desmembrados e os Condados Portucale e Coimbra entregues a seu primo Henrique. Este vai organizar o seu domínio e intervir nas querelas dinásticas de leão, posição sua futura mulher D. Teresa, filha de Afonso VI. A sucessão dos eventos leva-a a aceitar uma aliança com a poderosa família galega dos Trava, o que descontenta os principais nobres portucalenses. Do casamento do Conde D. Henrique e de D. Teresa nasce D. Afonso Henriques. Contudo D. Henrique morre sem conseguir obter o seu grande objectivo que era a independência do Condado Portucalense. Este fica entregue á sua esposa D. Teresa que rapidamente se junta aos espanhóis deixando os habitantes do condado com muito medo. Com isto apesar de D. Afonso Henriques ser ainda bastante jovem combateu contra a sua mãe (D. Teresa) na Batalha de São Mamede a 24 de Junho de 1128 onde acabou por sair vitorioso. Depois disto Portugal estava finalmente “livre” dos espanhóis.
Afonso Henriques invade a Galiza e Afonso VII respondendo a esta agressão entra em Portugal, para celebrar a paz entre os reinos os dois reis assinam em 1143 com o Tratado de Zamora em que o cardeal Guido de Vico que reconheceu a D. Afonso Henriques o titulo de Rei de Portugal.

Veríssimo Serão, "História de Portugal"
Na luta contra os Muçulmanos, os cristãos foram ajudadas por cavaleiros cristãos, vindos da Europa.
De todos destacou-se D. Raimundo e D. Henrique, cavaleiros franceses, que vieram ajudar D. Afonso VI, Rei de Leão e Castela.
Como recompensa pelos serviços prestados, D. Afonso VI doou a D. Henriques o condado Portucalense e concedeu-lhe em casamento a filha ilegítima, D. Teresa.
O Condado Portucalense (grande parcela de território que fazia parte do reinado de Leão), estendia-se até ao Minho até ao sul do Mondego.
O Condado Portucalense não era independente, D. Henrique devia obediência ao rei de Leão, este, devia ser-lhe fiel e prestar-lhe ajuda militar.
O Conde D. Henrique procurou fazer do condado um reino independente, mas morreu sem o ter conseguido, embora cumprisse todas as ordens do seu sogro.
Após sua morte, D. Teresa ficou a governar o condado Portucalense, pois seu filho, D. Afonso Henriques, era muito novo.
O governo de D. Teresa começou a desagradar aos grandes senhores, entre os quais se destaca Egas Moniz, “professor e amigo” de D. Afonso Henriques.
Descontentes com o governo de D. Teresa, os grandes senhores juntaram-se a D. Afonso Henriques, para que este se revolte contra a sua mãe.
Deu-se então a Batalha de São Mamede, perto de Guimarães, em 1128 onde D. Teresa foi derrotada pelo seu próprio filho.
D. Afonso Henriques, uma vez na frente do condado, lutou contra o rei de Leão e Castela, Afonso VII, para conseguir a independência do condado e contra os Mouros, para tornar meios para o território.
José Mattoso, "Portugal Medieval"
Nestas páginas que li sobre a batalha de S. Mamede pode verificar que aquilo que foi escrito foi oriundo de uma Conferência realizada em Guimarães sobre a batalha de S. Mamede.
Mattoso faz referência a vários autores de documentos que caracterizavam a batalha, de maneiras diferentes, em que as lendas a volta da história de S. Mamede podem obstruir a verdade do que realmente se passou, mas existem episódios de autoria de autores que pareciam quase novelas, e outros acreditam que o momento marcante da autonomia de Portugal é na batalha de Ourique. Só com Herculano e que s. Mamede e considerada a batalha fulcral para Portugal atingir a autonomia, e que esta visão invadisse ainda o nosso quotidiano.
Mattoso refere o que se passou antes, o que levou a que se desse a batalha, referiu o que estava mal, quem foram os comandantes desta batalha. Chamou a atenção para quatro pontos de partida que parecem ser essenciais para compreender tudo isto, que são eles: 1) que se trata de uma acção realmente colectiva; 2) que é directamente provocado por uma interacção alheia na vida politica do condado; 3) que os agentes constituem a maioria ou talvez mesmo a totalidade da camada dirigente radicada; e por fim 4) que anteriores manifestações de autonomia foram essencialmente diferente e por isso mesmo votadas ao fracasso. Explorou cada ponto nestas páginas, mostrando diferentes pontos de vista e dando a sua opinião.
Mas chega por fim uma conclusão que os factos que procederam a batalha de S. Mamede não constituíram senão a pré - história da Nacionalidade, e que a história de Portugal começa no acontecimento comemorado no dia da conferência.

José Mattoso, "História de Portugal - A Monarquia Feudal, volume II"
Neste livro que analisei de Mattoso, pode verificar que aprofunda bastante o tema do Condado Portucalense, as suas origens o fim deste condado e a independência de Portugal perante Leão e Castela. Retrata vários pontos de vista de vários autores a documentos, mostrando uma opinião diferente muitas das vezes de Herculano e outros historiadores, uma vez que viveram séculos diferentes.
Neste livro levanta muitas questões de como o Conde Henrique tomou posse do Condado Portucalense, em que se pode verificar de fonte segura que foi de forma hereditária que lhe foi concedido após o seu casamento com D. Teresa. O Conde sempre se mostrou interessado pelos aspectos territoriais a norte e centro do condado mesmo com todas as suas ausências.
Após a morte de D. Henrique D. Teresa toma o poder e alia-se a Leão e Castela, o que não foi visto com bons olhos pela população do condado, os Barões e pelo seu próprio filho Afonso Henriques, e por isso este alia se aos Barões Portucalense e na Batalha de S. Mamede entre Afonso Henriques e Fernão Peres por parte de D. Teresa, este último sai derrotado e assim Afonso Henriques toma o poder do Condado Portucalense, em que este se torna independente do de Leão tendo como rei D. Afonso Henriques, com apenas 14 anos.
Dirigido por Joel Serrão, "Dicionário da História de Portugal, volume I"
Vitorioso em Ourique (1139) Afonso Henriques renovou os seus ataques ao norte e mais invadiu a Galiza e Afonso VII entrou em Portugal. Todavia após o reencontro em Arcos de Valdevez (1140) e mediante a intervenção do Bispo de Braga, D. João Peculiar, os dois primos assentaram na cessação das hostilidades com vista ao estudo das condições definitivas de paz entre os dois chefes de estado três anos desenvolvidos, a trégua tornou-se paz na Conferência de Zamora reunida entres 4 ou 5 de Outubro de 1143. Quais tenham sido as condições de paz em que assentou é ponto que hoje se ignora, dado que nenhum documento especial que no-lo diga chegou até nós.
Herculano e Damião Peres têm opiniões diferentes (anteriormente referidas no ponto: transições e citações mais importantes).
Foi neste Tratado/ Conferência de Zamora que foi firmada a tranquilidade dos dois estados.

Damião Peres, "História de Portugal, Edição Memorial da Portucalense Editora, volume II"
Neste livro que li encontrei muita informação a respeito do condado Portucalense e Fundação de Portugal, uma vez que retrata o ver de vários autores, mostrando várias posições desses mesmos que retratam a História de Portugal, Alexandre Herculano, Professor Paulo Merêa, entre outros.
Neste livro faz referência como se formou em primeiro lugar o condado portucalense, foi doado a Henrique e D. Teresa por parte de D. Afonso VI.
Após a morte do conde Henrique D. Teresa assume o Condado, mas seu filho Afonso Henriques não gostou da forma de como actuava sua mãe e decidiu fazer frente e foi na Batalha de S. Mamede que este venceu D. Teresa e aliados e conseguindo tornar-se Rei do que passaria a ser e designar-se Portugal, conseguindo a independência de Leão via legal ou insurreccional.
Formando se assim Portugal com o rei D. Afonso Henriques.

Jaime Cortesão, “Fundação de Portugal “
A formação democrática
A história é ou deveria ser a consciência dos povos. Afirmou Herculano que a nação possuía uma índole democrática a qual provaria da organização municipal que durante a Idade Média se entendeu, favorecida pelas concessões dos monarcas, a todo território nacional. “Herculano, além disso, não chegou a dizer-nos quais a seu ver, as influencias do movimento municipal na formação da nacionalidade.”
Podemos dizer que “a história é a consciência dos povos e também é igualmente a consciência da humanidade”. Nenhum acto nacional pode ser mais próprio a dar o sentido e a medida da individualidade colectiva do que aqueles do que aqueles que transcendem os interesses da grei e servem vastos desígnios e ideais humanos.
“ A formação de Portugal é conjuntamente uma consciência e uma fase da resolução económico-social, políticas e religiosa que transforma e Europa entre os Sec. XI e XIV.
Concluindo as origens da nacionalidade coincide inteiramente uma arrumação diferente da população portuguesa e a sua adaptação económica mais perfeita no seu território. Foram as “ tendências universalistas desenvolvidas durante a nossa Idade Média que eclodiram e triunfaram durante a revolução que levou ao trono o Mestre de Avis, determinado a formação social.”

Oliveira Marques
Após a morte de Urraca Afonso VII tronou se rei de Leão e Castela, este nao tardou a lembrar D. Teresa os direitos feudais a que era obrigada. Afonso Henriques filho de D. Teresa jovem de 18 anos em 1128 é cercado em Guimarães é obrigado a render e prometer vassalagem a Afonso VII. Uma rebelião dentro de Portugal deu a Afonso Henriques a vitoria na Batalha de S. Mamede em 1128.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Restauração de 1640

Resumo sobre a Restauração de 1640

Restauração da Independência em Portugal é o nome atribuído à revolta de 1 de Dezembro de 1640, contra a tentativa de anulação da independência do Reino de Portugal por parte da dinastia filipina, e que culminou com a instauração da Dinastia Portuguesa da casa de Bragança.

O descontentamento geral que se vivia na época, fruto da crise no império espanhol e motivado pela diminuição das remessas de ouro e prata da América e o aumento dos impostos para suportar os custos das guerras nas quais Espanha estava envolvida, levou ao descontentamento da população portuguesa e fez com que um grupo de nobres se reunisse, entre eles o D. João IV, para organizar uma revolta e restaurar a independência de Portugal.

A 1 de Dezembro de 1640, invadem o Palácio Real, no Terreiro do Paço prenderam a vice-rainha, a duquesa de Mântua, D. Margarida Gonzaga, Governadora de Portugal e regente do Rei de Espanha, obrigando-a a dar ordens às suas as tropas para se renderem e mataram Miguel de Vasconcelos, secretário de Estado. Aclamaram o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV (1640-1656), dando início à quarta Dinastia – Dinastia de Bragança.

Batalha Alcácer Quibir

       Resumo da Batalha de Alcácer Quibir 

v  4 de Agosto de 1578 , em Marrocos deu-se Batalha de Alcácer Quibir

v  O exército português sofreu uma derrota sob o comando de D. Sebastião

v   A batalha de Alcácer Quibir causou várias mortes , tais como a do rei português

v  Em 1580 dá-se a perda da independência de Portugal , que leva Filipe II de Espanha ao trono

v  Em 1568 D. Sebastião toma conta do governo , aí começa a preparar a sua intervenção em África no qual pretendia beneficiar do comércio

v  Esta batalha é conhecida também pelo nome de "Batalha dos Três Reis", pois nela vieram a morrer, além de D. Sebastião, Mulei Maamede e Mulei Moluco.

v  No século XVI, grande parte das vitórias portuguesas dão-se na zona costeira, onde é possível fazer valer a vantagem do poder de fogo dos navios de guerra portugueses

v  Os muçulmanos preferiam que fossem os portugueses a tomar a iniciativa

v  Quando a 4 de Agosto as forças portuguesas encontram o exército mouro, encontram-se em marcha à já sete dias e perante eles está um exército de forças muçulmanas que segundo algumas referências atinge 60.000 homens ultrapassando os portugueses numa proporção de quatro para um

Batalha de Aljubarrota

                               Resumo sobre a Batalha de Aljubarrota


1383/1385 – Batalha de Aljubarrota

- D. Fernando e D. Leonor Teles têm a D. Beatriz

- D. Fernando morre em 1383

- D. Beatriz em 1383 casa com D. João de Castela

- D. João de Castela invade Portugal pela 1ªvez em 1384

- A 1ª invasão é um fracasso

- Em 8 de Julho de 1385 D. João I de Castela  invade novamente Portugal

- Exército português estava sobre comando de D. Nuno Álvares Pereira

- Batalha estava iminente

- Exército português constituído por aproximadamente 7.000 homens de armas, move-se então uns dois quilómetros para Sul e inverte a sua posição de batalha para ficar de frente para o inimigo.

- Pânico apodera-se do exército castelhano, quando dentro do quadrado português, a bandeira do monarca castelhano é derrubada.

 - Castelhanos precipitam-se então numa fuga desorganizada.

- Segue-se uma curta, mas devastadora perseguição portuguesa, interrompida pelo cair da noite.

- D. João I de Castela põe-se em fuga

- Morreram cerca de 1000 portugueses

- Batalha de Aljubarrota constituiu uma das batalhas mais importantes ocorridas em toda a época medieval.

- Para Portugal, esta Batalha, ocorrida em 1385, constituiu um dos acontecimentos mais decisivos da sua História.

- Sem a Batalha de Aljubarrota, o pequeno reino português teria, muito provavelmente, sido absorvido para sempre pelo seu poderoso vizinho castelhano.

- A vitória portuguesa em Aljubarrota permitiu também a preparação daquela que seria a época mais brilhante da história nacional - a época dos Descobrimentos - que, de outra forma, pura e simplesmente não teria ocorrido.

- A Batalha de Aljubarrota proporcionou definitivamente a consolidação da identidade nacional, que até então se encontrava apenas em formação, e permitiu às gerações futuras portuguesas a possibilidade de se afirmarem como nação livre e independente.