terça-feira, 31 de maio de 2011

Batalha de Alcácer Quibir

Segundo:
José Mattoso

A politica externa patenteia se como um dos campos em que se chocavam as facções. Não sendo hostil ao sobrinho de Castela, inclina-se para uma relação política com ajuste e pesagem de vantagens que não o seguidismo da cunhada.

Acabado o período de regência, os ministros próximos do rei vão ser nomeados por indicação de D. Henrique, solto de obrigações do governo no dia-a-dia, D.Sebastião  entrega-se por inteiro à preparação física pessoal para a guerra, nem D. Catarina, nem D. Henrique, nem os câmaras apoiaram os propósitos guerreiros de D. Sebastião quem em torno de si conta com um grupo de jovens companheiros  tão empenhados e iludidos  como ele próprio em especial. Cristóvão de Távora, D. Álvaro de Castro, Manuel Quaresma Barreto, gente nova para uma política bélica.
A partir de 1572 a politica régia encaminhava se para a guerra em Marrocos depois de uma lona jornada pelo Alentejo e pelo Algarve, para evitar qualquer oposição D.Sebastião trata de afastar Matim Gonçalves da câmara e nomeia novos vedores da fazenda e faz regressar a velha raposa Pedro de Alcobaça.
Antes de partir para África, D. Sebastião encontra- se por duas vezes com Filipe II, para assim pedir apoio militar na expedição a Marrocos e tratar do casamente com filha do rei espanhol Filipe II promete apoio, mas adia-lo-á até aos últimos momentos, quando sente que nada deterá a partida de D. Sebastião, el-rei queria cometer actos militares, o seu apetite era de “caminhar pela terra com muito risco da sua pessoa e da sua empresa”, para tal vai escolher o desembarque em Arzila e deslocação por terra até Lareche, conquistando Alcácer Quibir pelo caminho.


 
José Hermando Saraiva

D. Francisco de Portugal falecido em 1549 e primeiro conde, era legítimo de D Afonso de Portugal foi vedor da fazenda e do Concelho, tanto no reinado de D. Manuel I como de D. João III, como militar distinguiu-se na defesa de Arzila em 1509, e 4 anos depois integrou-se na expedição de D. Jaime duque de Bragança, que conquistou Azamor, recebendo desde então o título por carta de D. Miguel, sendo-lhe confirmado por carta também de D. Catarina.

Combateu tal como o pai em Alcácer Quibir e foi um dos fidalgos afirmar que o rei falecera durante a batalha e ficou prisioneiro, mas conseguiu o resgate mediante o pagamento de 20 mil cruzados, ao que, tudo indica entregues por mercadores judeus, sabedores de bens de sua casa. No entanto, foi com dinheiro seu, que muitos fidalgos conseguiram os respectivos resgates.





    A 20 de Fevereiro de 1868, com 14 anos, D. Sebastião tomava conta do governo, el-rei teve ensinamentos de humanidades, matemática e também jesuíta, viajou bastante, mas sempre para os mesmos sítios, constatou-se então que D. Sebastião mesmo viajando muito, poucas cidades e vilas conheceu, nunca viajou para administrar justiça, ou marcar cotes mas sim para marcar acção régia em favor dele próprio.

     Como “homem” D. Sebastião revelou uma frieza que advém da saúde precária que todos diziam que el-rei sofria, servindo assim de motivo para não se casar, embora tivesse um porte escorreito, caia várias vezes enfermo.

      Durante todo o seu reinado el-rei sonhava em construir uma “empresa”  no Norte de África, como a que mantínhamos na Índia, os castelos de Portugal detinha em África estavam a receber constantes ataques por parte dos mouros, assim, D. Sebastião decidiu preparar  uma armada e partir para África.

Apesar da sua doença e de quase ter forçado todos aqueles que o acompanharam em 24 de Junho 900 velas com 24000 homens partiram em direcção a Alcácer Quibir, esquecendo-se el-rei que não tinha deixado sucessor ao trono e se algo corresse mal Portugal perderia a independência, e as únicas coisas que levou consigo foram, a espada de D. Afonso Henriques vinda de Coimbra e um compromisso com a filha de Filipe II.

  As coisas não correram como o previsto, quer o rei português, quer os réis mouros morreram e a 4 de Agosto, Portugal foi completamente derrotado, a notícia chegou a Lisboa passado uma semana, enchendo o reino de tragédia, sem sucessor Portugal perdeu independência porque sempre lutou.









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