sexta-feira, 27 de maio de 2011

Fundação de Portugal

Segundo:

José Mattoso, "História de Portugal"   
A partir do século XI intensificaram-se as relações dos reinos peninsulares cristãos com os países situados além-pirinéus. A influência francesa acentua-se após a derrota de D. Afonso VI face aos Almoradivas, em Zalaca com a vinda de inúmeros cavaleiros e prelados daquela nação, particularmente ligados á abadia de Cluny.
Um desses personagens é Raimundo da Borgonha, a quem o rei leonês concede a mão da sua filha e o governo da faixa ocidental da Península. Raimundo não corresponde as expectativas do ponto de vista militar e os territórios sob sua jurisdição são desmembrados e os Condados Portucale e Coimbra entregues a seu primo Henrique. Este vai organizar o seu domínio e intervir nas querelas dinásticas de leão, posição sua futura mulher D. Teresa, filha de Afonso VI. A sucessão dos eventos leva-a a aceitar uma aliança com a poderosa família galega dos Trava, o que descontenta os principais nobres portucalenses. Do casamento do Conde D. Henrique e de D. Teresa nasce D. Afonso Henriques. Contudo D. Henrique morre sem conseguir obter o seu grande objectivo que era a independência do Condado Portucalense. Este fica entregue á sua esposa D. Teresa que rapidamente se junta aos espanhóis deixando os habitantes do condado com muito medo. Com isto apesar de D. Afonso Henriques ser ainda bastante jovem combateu contra a sua mãe (D. Teresa) na Batalha de São Mamede a 24 de Junho de 1128 onde acabou por sair vitorioso. Depois disto Portugal estava finalmente “livre” dos espanhóis.
Afonso Henriques invade a Galiza e Afonso VII respondendo a esta agressão entra em Portugal, para celebrar a paz entre os reinos os dois reis assinam em 1143 com o Tratado de Zamora em que o cardeal Guido de Vico que reconheceu a D. Afonso Henriques o titulo de Rei de Portugal.

Veríssimo Serão, "História de Portugal"
Na luta contra os Muçulmanos, os cristãos foram ajudadas por cavaleiros cristãos, vindos da Europa.
De todos destacou-se D. Raimundo e D. Henrique, cavaleiros franceses, que vieram ajudar D. Afonso VI, Rei de Leão e Castela.
Como recompensa pelos serviços prestados, D. Afonso VI doou a D. Henriques o condado Portucalense e concedeu-lhe em casamento a filha ilegítima, D. Teresa.
O Condado Portucalense (grande parcela de território que fazia parte do reinado de Leão), estendia-se até ao Minho até ao sul do Mondego.
O Condado Portucalense não era independente, D. Henrique devia obediência ao rei de Leão, este, devia ser-lhe fiel e prestar-lhe ajuda militar.
O Conde D. Henrique procurou fazer do condado um reino independente, mas morreu sem o ter conseguido, embora cumprisse todas as ordens do seu sogro.
Após sua morte, D. Teresa ficou a governar o condado Portucalense, pois seu filho, D. Afonso Henriques, era muito novo.
O governo de D. Teresa começou a desagradar aos grandes senhores, entre os quais se destaca Egas Moniz, “professor e amigo” de D. Afonso Henriques.
Descontentes com o governo de D. Teresa, os grandes senhores juntaram-se a D. Afonso Henriques, para que este se revolte contra a sua mãe.
Deu-se então a Batalha de São Mamede, perto de Guimarães, em 1128 onde D. Teresa foi derrotada pelo seu próprio filho.
D. Afonso Henriques, uma vez na frente do condado, lutou contra o rei de Leão e Castela, Afonso VII, para conseguir a independência do condado e contra os Mouros, para tornar meios para o território.
José Mattoso, "Portugal Medieval"
Nestas páginas que li sobre a batalha de S. Mamede pode verificar que aquilo que foi escrito foi oriundo de uma Conferência realizada em Guimarães sobre a batalha de S. Mamede.
Mattoso faz referência a vários autores de documentos que caracterizavam a batalha, de maneiras diferentes, em que as lendas a volta da história de S. Mamede podem obstruir a verdade do que realmente se passou, mas existem episódios de autoria de autores que pareciam quase novelas, e outros acreditam que o momento marcante da autonomia de Portugal é na batalha de Ourique. Só com Herculano e que s. Mamede e considerada a batalha fulcral para Portugal atingir a autonomia, e que esta visão invadisse ainda o nosso quotidiano.
Mattoso refere o que se passou antes, o que levou a que se desse a batalha, referiu o que estava mal, quem foram os comandantes desta batalha. Chamou a atenção para quatro pontos de partida que parecem ser essenciais para compreender tudo isto, que são eles: 1) que se trata de uma acção realmente colectiva; 2) que é directamente provocado por uma interacção alheia na vida politica do condado; 3) que os agentes constituem a maioria ou talvez mesmo a totalidade da camada dirigente radicada; e por fim 4) que anteriores manifestações de autonomia foram essencialmente diferente e por isso mesmo votadas ao fracasso. Explorou cada ponto nestas páginas, mostrando diferentes pontos de vista e dando a sua opinião.
Mas chega por fim uma conclusão que os factos que procederam a batalha de S. Mamede não constituíram senão a pré - história da Nacionalidade, e que a história de Portugal começa no acontecimento comemorado no dia da conferência.

José Mattoso, "História de Portugal - A Monarquia Feudal, volume II"
Neste livro que analisei de Mattoso, pode verificar que aprofunda bastante o tema do Condado Portucalense, as suas origens o fim deste condado e a independência de Portugal perante Leão e Castela. Retrata vários pontos de vista de vários autores a documentos, mostrando uma opinião diferente muitas das vezes de Herculano e outros historiadores, uma vez que viveram séculos diferentes.
Neste livro levanta muitas questões de como o Conde Henrique tomou posse do Condado Portucalense, em que se pode verificar de fonte segura que foi de forma hereditária que lhe foi concedido após o seu casamento com D. Teresa. O Conde sempre se mostrou interessado pelos aspectos territoriais a norte e centro do condado mesmo com todas as suas ausências.
Após a morte de D. Henrique D. Teresa toma o poder e alia-se a Leão e Castela, o que não foi visto com bons olhos pela população do condado, os Barões e pelo seu próprio filho Afonso Henriques, e por isso este alia se aos Barões Portucalense e na Batalha de S. Mamede entre Afonso Henriques e Fernão Peres por parte de D. Teresa, este último sai derrotado e assim Afonso Henriques toma o poder do Condado Portucalense, em que este se torna independente do de Leão tendo como rei D. Afonso Henriques, com apenas 14 anos.
Dirigido por Joel Serrão, "Dicionário da História de Portugal, volume I"
Vitorioso em Ourique (1139) Afonso Henriques renovou os seus ataques ao norte e mais invadiu a Galiza e Afonso VII entrou em Portugal. Todavia após o reencontro em Arcos de Valdevez (1140) e mediante a intervenção do Bispo de Braga, D. João Peculiar, os dois primos assentaram na cessação das hostilidades com vista ao estudo das condições definitivas de paz entre os dois chefes de estado três anos desenvolvidos, a trégua tornou-se paz na Conferência de Zamora reunida entres 4 ou 5 de Outubro de 1143. Quais tenham sido as condições de paz em que assentou é ponto que hoje se ignora, dado que nenhum documento especial que no-lo diga chegou até nós.
Herculano e Damião Peres têm opiniões diferentes (anteriormente referidas no ponto: transições e citações mais importantes).
Foi neste Tratado/ Conferência de Zamora que foi firmada a tranquilidade dos dois estados.

Damião Peres, "História de Portugal, Edição Memorial da Portucalense Editora, volume II"
Neste livro que li encontrei muita informação a respeito do condado Portucalense e Fundação de Portugal, uma vez que retrata o ver de vários autores, mostrando várias posições desses mesmos que retratam a História de Portugal, Alexandre Herculano, Professor Paulo Merêa, entre outros.
Neste livro faz referência como se formou em primeiro lugar o condado portucalense, foi doado a Henrique e D. Teresa por parte de D. Afonso VI.
Após a morte do conde Henrique D. Teresa assume o Condado, mas seu filho Afonso Henriques não gostou da forma de como actuava sua mãe e decidiu fazer frente e foi na Batalha de S. Mamede que este venceu D. Teresa e aliados e conseguindo tornar-se Rei do que passaria a ser e designar-se Portugal, conseguindo a independência de Leão via legal ou insurreccional.
Formando se assim Portugal com o rei D. Afonso Henriques.

Jaime Cortesão, “Fundação de Portugal “
A formação democrática
A história é ou deveria ser a consciência dos povos. Afirmou Herculano que a nação possuía uma índole democrática a qual provaria da organização municipal que durante a Idade Média se entendeu, favorecida pelas concessões dos monarcas, a todo território nacional. “Herculano, além disso, não chegou a dizer-nos quais a seu ver, as influencias do movimento municipal na formação da nacionalidade.”
Podemos dizer que “a história é a consciência dos povos e também é igualmente a consciência da humanidade”. Nenhum acto nacional pode ser mais próprio a dar o sentido e a medida da individualidade colectiva do que aqueles do que aqueles que transcendem os interesses da grei e servem vastos desígnios e ideais humanos.
“ A formação de Portugal é conjuntamente uma consciência e uma fase da resolução económico-social, políticas e religiosa que transforma e Europa entre os Sec. XI e XIV.
Concluindo as origens da nacionalidade coincide inteiramente uma arrumação diferente da população portuguesa e a sua adaptação económica mais perfeita no seu território. Foram as “ tendências universalistas desenvolvidas durante a nossa Idade Média que eclodiram e triunfaram durante a revolução que levou ao trono o Mestre de Avis, determinado a formação social.”

Oliveira Marques
Após a morte de Urraca Afonso VII tronou se rei de Leão e Castela, este nao tardou a lembrar D. Teresa os direitos feudais a que era obrigada. Afonso Henriques filho de D. Teresa jovem de 18 anos em 1128 é cercado em Guimarães é obrigado a render e prometer vassalagem a Afonso VII. Uma rebelião dentro de Portugal deu a Afonso Henriques a vitoria na Batalha de S. Mamede em 1128.

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